sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Secretário adjunto apresenta novo modelo de gestão estadual de saúde em Votuporanga

Wilson Pollara confirmou pedido do deputado Carlão Pignatari de elevação da Santa Casa de Votuporanga a Hospital Estruturante





O secretário estadual adjunto de Saúde, Wilson Modesto Pollara, esteve em Votuporanga nesta sexta-feira (dia 24/10), oportunidade em que fez uma ampla explanação sobre o novo modelo de gestão de Saúde no Estado de São Paulo. Pollara foi recepcionado pelo deputado estadual Carlão Pignatari, pelo prefeito Junior Marão, pelo provedor da Santa Casa de Votuporanga, Valmir Dornelas, e diretores do hospital.
Durante o encontro, Pollara fez uma ampla explanação do Programa Santas Casas Sustentáveis aos provedores e administradores de santas casas das cidades de Votuporanga, Catanduva, Novo Horizonte, Monte Aprazível, Jaci, São José do Rio Preto, Nhandeara, Fernandópolis, Jales, Santa Fé do Sul e Cardoso. Os hospitais foram convidados pela diretora da DRS (Diretoria Regional de Saúde), Cláudia Monteiro Ferraz Ferreira.
De acordo com o secretário adjunto, a partir de janeiro deste ano, o governo do Estado disponibilizou mais recursos (R$ 535 milhões) para esses hospitais. Para definir os novos valores, a Secretaria de Saúde classificou as santas casas em três tipos: "hospitais estruturantes", que são aqueles de referência em atendimentos complexos, como cirurgias cardiovasculares e torácica, hemodiálise e neurocirurgias; "hospitais estratégicos", de médio porte, que servem como retaguarda aos estruturantes, e os hospitais de apoio, que são os de pequeno porte.
Para exemplificar, Pollara disse que a Santa Casa de Votuporanga, por solicitação do deputado Carlão Pignatari, passou a ser hospital estruturante. Para isso, deve haver uma sintonia com as demais santas casas da região, como a de Fernandópolis, que passou a ser um hospital estratégico de eletivos.
“Para que haja uma integração entre os hospitais, tem que haver uma gestão compartilhada, com o mesmo sistema de informações”, disse o secretário. De acordo com ele, os hospitais estruturantes passaram a receber mais 70% sobre os atendimentos do SUS; os estratégicos, 40% e os de apoio, 10%, mais R$ 300 por dia por leito SUS.

Postos de atendimento
O novo modelo obedece a 12 indicações de acompanhamento, focados em três vertentes: produção, financeiro e de qualidade. Pollara recomendou que as prefeituras devem manter postos de atendimento para casos leves e orientações aos pacientes. “As santas casas só devem receber os casos de emergência, que se limitam em 5% dos casos. A pessoa não pode decidir por si própria onde se dirigir; ela deve ser orientada para evitar perda de tempo”.
Quanto aos hospitais que são os únicos do município, o secretário destacou que estes receberão R$ 350 mil mensais como forma de apoio e receberão o nome de essenciais. Por outro lado, os hospitais estruturantes devem auxiliar no funcionamento dos essenciais, inclusive com o corpo clínico em plantões de rodízio.

CCI
O secretário Wilson Pollara ainda apresentou um modelo que começou a ser implantado em algumas cidades, denominado de CCI - Programa de Cuidados Continuados e Integrados, que envolve toda a equipe médica e familiares para a recuperação do paciente, alguns até em estado crônico.
“O CCI tem um custo cinco vezes menor, é mais eficiente e é o caminho ideal que temos para trabalhar. Da forma que está não há dinheiro que chegue”, alertou.
O deputado Carlão Pignatari elogiou a equipe da Secretaria da Saúde, dizendo que agora “temos uma esperança de poder ajudar a resolver o problema da saúde. O governo do Estado criou um programa novo, aumentou os recursos e está, de fato, melhorando o atendimento”.

Para o prefeito Junior Marão, trata-se de um programa bem vindo, pois “o governo federal não faz o seu papel, mas em São Paulo o governo do Estado tem dado toda sustentação”. O provedor Valmir Dornelas aplaudiu a iniciativa e colocou a Santa Casa de Votuporanga à disposição. Após o encontro, o secretário Wilson Pollara visitou as dependências da Santa Casa e do AME (Ambulatório Médico de Especialidades).

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